Francisco Paulo Mendes
Nasceu em 1910, pertenceu a uma família que incentivava arte, leitura, literatura
e a escrita. Seu avô João Affonso do Nascimento pintor, escritor e desenhista foi
um grande incentivador, principalmente da leitura, pois foi era em sua
biblioteca que Paulo passava horas.
A aparência apurado de se vestir,
gesticular e um carinho pela literatura, talvez seja uma grande influência
francesa que era dada por sua mãe Arabella Mendes, e suas tias maternas.
Estudou o curso secundário no Instituto Nossa Senhora de Nazaré e fez o
superior na Faculdade de Direito do Pará, onde foi bibliotecário e se formou em
1932. A partir de 1939 começou sua carreira, como
professor lecionando em vários colégios de Belém. Lecionou, Português,
Literatura Brasileira e Portuguesa nos Colégios Moderno, Nazaré, Paes de
Carvalho, Gentil Bittencourt, Santo Antonio, Escola normal e no Instituto de
Educação do Pará (IEP).
Lutou por uma educação de qualidade, justa e
igualitária. Era conhecido como ‘’O mestre que sabia de tudo’’, Chico Mendes
sabia dar valor à prosa e à poesia e por isso é
lembrado até hoje por várias gerações. Fundador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade
Federal do Pará formou grandes poetas, intelectuais, juristas e jornalista em
nosso Estado. Critico que ia da má política as malezas sociais, pensamentos
compartilhados com seus amigos como o professor Ruy Barata, o advogado Clóvis
Malcher, Benedito Nunes, entre outros.
Na Universidade Federal do Pará, foi
professor de Teoria e História do Teatro no curso de formação de Ator, atual
Escola de Teatro e Dança. Deu
aulas de História da Literatura e das Artes, no curso de Biblioteconomia.
Em Belém, havia um intenso movimento teatral
nas décadas de 40 e 50, compostos por universitários e Paulo Mendes liderou
junto com Margarida Schivazappa Teatro do Estudante do Pará (1941-1951).
Consistiam na produção de espetáculos comerciais, rompendo com as tradições
teatrais para promover uma educação estética na sociedade.
Freqüentador do Café Central, no Central Hotel, situado à Avenida 15 de
Agosto (hoje Presidente Vargas). Fala de Paulo, é revirar de uma Belém
glamorosa dos anos 40 e 50. Nesse espaço, encontrou amiga e escritora Clarice Lispector
, em 1944, quando por seis meses morou em Belém com seu marido Maury vice-cônsul
para suas novas funções.
Morreu em 1999, antes do lançamento do livro “O Amigo Chico, fazedor de poetas” (2001) que em sua
homenagem Benedito Nunes organizou. Na imprensa
teve destaque nas revistas Novidade e Terra Imatura, conduziu no período de
1946 a 1952 e foi
acessório literário do jornal A Folha do Norte.
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